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J.B. Oliveira analisa a suprema arte da oratória

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João Baptista de Oliveira é professor, advogado, cerimonialista, jornalista, radialista, escritor e palestrante. J.B. Oliveira (como é popularmente conhecido) formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Sul de Minas. Passou a atuar como professor em 1968. Em 1999, lançou seu primeiro best-seller, intitulado “Cerimonial e Protocolo na Prática”, vendeu mais de 5 mil exemplares em São Paulo e outros estados. Nesse mesmo ano, lançou o livro “Mensagens e Temas Para Meditar”, com isso concedeu entrevistas para as mais diversas revistas. Mantém colunas nos seguintes órgãos: Revista Apólice, Revista do CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes), Jornal Empresas & Negócios e Jornal Semanário da Zona Norte. É editor do Informativo do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas do Brasil. Por 12 anos, produziu e apresentou o programa “O Poder da Palavra”, pela Rádio Mundial FM. Produziu e apresentou, pela TV Geração Z o programa “Conversando com São Paulo”. Concedeu entrevistas para as TVs: Record News, Rede Gazeta, Uol (Universo Online), Demais TV, TV Geração Z, TV Aberta, OAB TV, TV API, Rit TV, RTP (Portugal), TV Creci, TV Cabo Branco (Afiliada Rede Globo de João Pessoa – PB) e Rede TV!. Também nas rádios: Jovem Pan AM, Rádio Capital AM, Rádio América AM, Rádio Mundial e rádios comunitárias em geral.

Professor, a palavra é o grande instrumento de comunicação do nosso tempo?

Sim, mas vou além: a importância da palavra extrapola nosso tempo. O Evangelho de João abre-se assim: “No princípio era o Verbo (em grego, logos, isto é: palavra) e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. A Carta aos Hebreus, no capítulo 11, versículo 3, diz: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados”. Rui Barbosa declara que de uma expressão: “Fiat lux”, nasceu o mundo; de uma palavra: “Surrexit”, emergiu o universo cristão. A própria história da civilização humana demonstra isso. Enquanto se expressava apenas por grunhidos, urros e gestos, o ser humano permaneceu nas cavernas, embora fosse o Homo sapiens. Somente quando transforma esses ruídos em sons inteligentes e inteligíveis – em palavras – torna-se o homo loquens, e, deixando a toca, toca a lua!

Como o senhor tem acompanhado o uso da palavra nos principais meios de comunicação do país?

Com desolação e preocupação. Não obstante a palavra seja sua ferramenta de trabalho, os meios de comunicação, de modo geral, não a usam com o devido cuidado e respeito. São comuns erros de regência, de concordância e de colocação, além de vícios de linguagem clamorosos, como pleonasmos, estrangeirismos e solecismos. É comum usarem em livros e filmes a expressão “baseado em fatos reais”, sem se dar conta de que se algo é fato, é real… ou então seria boato!

O que seria a definição de uma comunicação perfeita?

A que reunisse estes três fatores: Clareza, Coerência e Concisão. Clareza – para ser entendida por seus destinatários sem dificuldade. Coerência – para dizer “coisa com coisa”, isto é, harmonizar o conteúdo do texto e do contexto. Concisão – para conseguir a proeza de “falar pouco e dizer muito”. Em 19 de novembro de 1863, no Cemitério de Gettisburg, falou – por duas horas – o orador oficial, Edward Everett. Depois, por cerca de 2 minutos, com 272 palavras, Abraham Lincoln proferiu o mais célebre discurso da história dos Estados Unidos da América!

Quais as principais diferenças e similaridades da comunicação de um homem e de uma mulher?

Os motoristas de bugs de Natal, Rio Grande do Norte, perguntam aos turistas que contratam passeios em seus veículos se o querem “sem emoção ou com emoção”. A figura se aplica à diferença básica entre a comunicação masculina e a feminina. Baseando-se mais no hemisfério esquerdo do cérebro (racional), a masculina é mais direta, objetiva e seca. A feminina repousa mais sobre o lado direito (emocional) e é mais emotiva, solta e detalhista. Observe-se o que canta Roberto Carlos: “Eu tenho tanto pra lhe falar (emoção), mas com palavras não sei dizer (razão). A similaridade é simples: ambos falam a mesma língua, mas com “dialetos” diferentes, que chamo respectivamente de “hominês” e “mulherês”…

O senhor é um exímio orador. O que distingue um bom orador do grande orador?

Um bom orador agrada. Um grande orador encanta. E encanta porque se vale não só da eloquência – que se traduz por quantidade de palavras, isto é: verbosidade, loquacidade, facúndia – mas também da retórica, que é “a arte de conduzir as palavras”, portanto, qualidade de palavras. A isso, ele agrega colocação de voz, ritmo de fala, tonalidade e inflexão de voz, postura, expressão fisionômica, porte e gesticulação, entre outras coisas.

Quem foi o grande orador do Brasil?

Joaquim Nabuco é apontado por muitos que o conheceram e ouviram – como Afonso Celso (1860-1938), que o aponta como o maior orador do Brasil. Não tenho porque discordar, mas aduzo que tivemos outros notáveis oradores, entre os quais Rui Barbosa, Juscelino Kubistchek, Carlos Lacerda, Emílio Carlos e Jânio Quadros, para ficar nos mais citados.

Gostaria que o senhor falasse um pouco das atividades do Instituto JBOliveira de Educação e Capacitação Profissional.

Nossa atuação educacional completou, em 2018, cinquenta anos, iniciada que foi em 1968, com o Curso Prático de Cultura Brasileira – CPCB. Posteriormente, montamos um cursinho pré-vestibular para Direito e, posteriormente curso preparatório para as Escolas Militares da Força Aérea Brasileira. A partir de 1972, ministramos, pelo Centro do Comércio do Estado de São Paulo, Seminários de Direito do Trabalho em diversos municípios paulistas. Pela mesma instituição, ministramos Seminários de Previdência Social. Criamos, então, o Curso de Oratória Moderna, cuja primeira turma foi formada por alunos desses cursos, no IMES, de São Caetano do Sul, em 1972. Em 1984, criamos a AT&M – Assessoria, Treinamento e Marketing, logo transformada em JBO Assessoria, Treinamento e Marketing, localizada, desde aquela época, no Largo do Paissandu, 72. A JBO Assessoria é a mantenedora do Instituto JBOliveira de Educação e Capacitação Profissional. Todos os nossos cursos são eminentemente práticos e racionais, propiciando rápida aquisição de conhecimentos e capacitação para o mercado de trabalho. Atualmente continuamos oferecendo – além dos tradicionais Curso de Oratória Moderna; Curso de Reengenharia Gramatical; Curso de PNL Prática; Curso Atualizado de Vendas; e Curso de Organização e Liderança de Reuniões – os cursos de Perito Judicial; Juiz Arbitral e Perito em Grafotécnica e Documentoscopia. Estes últimos além de habilitar os participantes a atuar nas respectivas atividades, fornece-lhes carteira funcional.

O que é fundamental para uma boa capacitação profissional neste século que já é chamado de “século das incertezas?”.

O fundamental é ter certeza de que deseja adquirir e aplicar essa capacitação. Pessoas com essa convicção obtêm facilmente êxito. Temos ex-alunos desempenhando suas atividades com muito sucesso, satisfação e bons resultados profissionais e financeiros. Um dos mais marcantes casos é o do Elizeu, que veio de Cacoal, Rondônia, a 2.742 quilômetros de São Paulo, exclusivamente para fazer o curso! Recentemente indicou-o para Mirtes, que se deslocou de Curitiba a São Paulo para o mesmo fim! Ambos estão atuando firmemente nessas novas funções!

Uma programação neurolinguística é um dos pilares para essa capacitação?

A PNL – Programação Neurolinguística é a mais importante complementação da comunicação humana! Ela representa um verdadeiro salto de qualidade na otimização do relacionamento humano, tanto no ambiente profissional – de qualquer natureza – como no meio social e familiar! Simplesmente porque a PNL nos propicia meios de entender a famosa e complexa “linguagem não falada”: a comunicação subliminar, expressa por gestos, olhares, atitudes e comportamento!

O empresário Antônio Ermírio de Moraes, afirmava que uma reunião que passava de 15 minutos se perdia do seu foco principal. Ele estava correto em sua visão?

Isso é válido para um assunto pontual e de conhecimento prévio do grupo. Há situações em que a reunião tem de começar por uma explanação geral do tema, para dar aos participantes condições de discutir ou assunto, ou, ao menos, opinar sobre ele. Recentemente presidi a reunião ordinária da autarquia de que sou vice-presidente. Havia quatro itens propostos. Dos vinte minutos dedicados a cada um deles, reduzimos cinco e concluímos a reunião em uma hora. E em nenhum momento se perdeu o foco ou a atenção.

Como ter uma reunião mais assertiva com uma comunicação mais correta e pontual?

Nosso curso “Como organizar e liderar reuniões” traz algumas recomendações. A principal delas é planejar cuidadosamente a reunião. Outras são: começar no horário previsto e informar o horário do encerramento; dar conhecimento prévio dos assuntos a todos os que participarão dos trabalhos; atribuir a cada item um tempo determinado para discussão e conclusão; certificar-se de que tem todos os elementos necessários à condução da reunião; lavrar ata clara e concisa dos trabalhos; concluir cada item e determinar as providências necessárias à sua execução, indicando claramente quem será responsável por isso e qual o prazo para tal e, por fim, agradecer a todos e… encerrar no horário previsto!

Última atualização da matéria foi há 4 meses


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