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Kennedy Alencar analisa pluralidade nas mídias

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Kennedy Alencar ingressou na Folha de S.Paulo em setembro de 1990. Trabalhou no jornal como redator e editor-assistente até o fim de 1992. Após uma temporada em Londres no ano seguinte, retornou à Folha em janeiro de 1994 na função de repórter. Saiu do jornal para trabalhar na campanha presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril daquele ano. Atuou como assessor de imprensa de Lula até julho de 1995. Voltou pela terceira vez à Folha em setembro de 1995. Por seis meses, fez cobertura de polícia. Em 1996, assumiu o cargo de editor da coluna de notas “Painel”. Foi enviado especial para a cobertura do conflito no Kosovo em 1999. Escreveu o livro “Kosovo, a Guerra dos Covardes”. No ano de 2008, foi convidado para ser comentarista de política do telejornal RedeTV!News, da RedeTV!. Em outubro, estreou um novo programa semanal de entrevistas da emissora, o “É Notícia”. Conversou com os principais personagens do poder no Brasil. Entrevistou também figuras de destaque no cenário internacional, como Hugo Chávez, Oliver Stone, Tariq Ali e José Sócrates. Em 7 de agosto de 2013, lançou o Blog do Kennedy, com informações, análises e opiniões principalmente sobre política e economia. É comentarista da CBN desde 15 de março de 2011. De segunda a sexta, entra ao vivo na rádio por volta das 8h55 na coluna “A Política Como Ela É”. Recentemente trabalhou no jornalismo do SBT.

Kennedy, existe imparcialidade no jornalismo brasileiro?

A busca do objetivo é um conceito melhor, porque obedece a uma série de procedimentos, como pluralidade de versões, respeito ao outro lado e isenção ao apurar, analisar e opinar. A imparcialidade completa talvez seja uma utopia jornalística, porque, em certas ocasiões, é preciso deixar claro que um lado tem razão no confronto com o outro. Isso não significa ignorar um lado, mas não ter medo de tomar uma posição clara.

Quais são as principais falhas existentes nos órgãos da chamada “grande imprensa?”.

Pouca pluralidade.

Em 1994, você trabalhou na campanha presidencial do ex-presidente Lula. Algum leitor em algum momento, já disse que você era um petista por estar analisando um fato que contrariava as ideias de quem é contrário ao PT?

Sim. Os leitores têm o direito de opinar sobre a qualidade do nosso trabalho. São ossos do ofício. Mas não dou crédito a quem faz crítica no sentido de desqualificar. Fiz um trabalho profissional em 1994. Não sou filiado a nenhum partido. Ser assessor de imprensa é diferente de atuar como jornalista. O importante é não confundir os papéis e agir com seriedade nos dois trabalhos.

O contrário também já aconteceu?

Também já aconteceu.

Qual é o limite de um jornalista, ou seja, até onde ele pode ir pela notícia que seja original ou exclusiva?

Os limites são o interesse público e o respeito à lei. É importante respeitar as fontes. É uma relação de confiança. Se a fonte mente, esse pacto de confiança está quebrado.

Umberto Eco disse que as redes sociais deram voz aos imbecis. Como analisa essa questão?

Deram voz a imbecis e a muitas pessoas inteligentes. Tem de tudo. O importante é filtrar as fontes de informação e estimular a tolerância no debate público.

O que o jornalismo de outrora tinha de melhor se compararmos com o atual?

Havia mais tempo para apurar uma informação. Você podia guardar um furo de um dia para o outro. Agora, é mais veloz. Isso pode levar a barrigas.

E no que o jornalismo de hoje supera o de outrora?

Tem mais abrangência. Atinge um maior número de pessoas. Mais democratizado, digamos assim.

No que o jornalista deve estar atento para não “morrer” na era da convergência das mídias?

Qualidade da informação. Essa mercadoria tem valor. Notícias corretas, análises pertinentes e opinião equilibrada têm valor.

Você escreveu para veículos impressos, escreve para veículos digitais, além de trabalhar no rádio e na televisão. Em quais desses veículos você se sente mais à vontade?

Minha formação se deu no impresso. Me sinto melhor escrevendo, mas me acostumei ao rádio e à TV, dos quais gosto. São uma cachaça.

A imprensa é o quarto o poder ou essa pretensão lhe parece exagerada?

O Ministério Público já tomou essa posição da imprensa. A meu ver, é negativo para a imprensa ter a pretensão de ser um poder.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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